sexta-feira, 8 de abril de 2011
E de uma outra forma me expressaria.
Expressar aquilo que sinto sempre foi, e possivelmente sempre será, o meu calcanhar de Aquiles, apesar do meu "jeito" e o à vontade para com a escrita, sentar-me e falar sobre aquilo me vai na alma é como que uma sombra que me assombra. Ao longo dos ultimos anos tenho procurado mudar esse aspecto menos positivo e aqui e ali a coisa tem melhorado mas e talvez por estar enquadrado numa sociedade em que as palavras valem mais que qualquer acção ou acto, sinto que falta mais qualquer coisa. Longe de mim querer agradar quem quer que seja, procuro sim sentir-me bem comigo mesmo, aliviar muito daquilo que sinto e que ao longo dos tempos se tem "acumulado" em mim.
De um modo geral a chegada das redes sociais, sobretudo o Facebook, fez com que me expressasse mais - contudo sem ser excesso - mas esse expressar não é o que mais desejo ou procuro. Músicas e, ou mensagens com um sem fim de possíveis interpretações, ou até mesmo desabafos mudos num blog, jamais descreverão aquilo que sinto serão sempre uma gota de um vasto, ou não, oceano de emoções. É por isso que procuro aliar às minhas acções, a sinceridade da minha voz e o silêncio do meu olhar - há mesmo muito que pode ser dito no silêncio de um olhar, quando entre duas pessoas há cumplicidade para tal. Cumplicidade essa que não é só fruto do tempo, o tempo esse é relativo, nada como o diálogo para criar essa cumplicidade, o elo invisível que nos une ainda mais a muitos daqueles que nos rodeiam.
Em jeito de remate final quero apenas dizer que aquilo que sinto (por ti) vai para lá das palavras, mas há em mim um desejo, diria mesmo necessidade de falar e assim construir peça a peça o puzzle daquilo que sinto...
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